sábado, 6 de dezembro de 2008

O cinema europeu


Comecei a fumar na adolescência. Achava rebelde. Adorava aqueles filmes noier franceses com suas divãs maravilhosas estampando belos vestidos e fumando cigarros.
Adorava os filmes italianos e o clima mafioso. Cigarros mais uma vez.
Homens de terno com caráter bem duvidoso, exibindo suas caras fechadas e simpáticas, seu gestos frenéticos, gesticulando e falando como legítimos italianos.
As mulheres italianas sempre belas, iluminando a tela fria com sua beleza. A alegria e leveza das italianas.
Filmes políticos do período do neo-realismo italiano me impressionam. São totalmente alheios aos recursos e técnicas. São belos e fantásticos. Mostram o talento sem precisar de muitos efeitos, o que em minha opinião serve para ajudar a contar uma historia e não tornar essencial que esses efeitos sejam o melhor do filme.
Os filmes alemães são geniais. São incrivelmente loucos e perturbadores.
É uma subversão de sentidos. São totalmente lúdicos. Gosto do clima que eles têm, frio e obscuro assim como a historia de seu país.
O cinema europeu tem vida própria. É um dos melhores do mundo e não é atoa.
Eles sabem fazer cinema, porque pensam e refletem sobre ele o tempo todo.
Fazer cinema para eles é mais do que um ganho comercial, é a fonte de conhecimento, um recurso de discussão, de critica a sociedade, de reflexão e pensamento.
É um ato que leva a algo maior. Não é só entretenimento, mas é uma forma de expor idéias e ideais.

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