sábado, 6 de dezembro de 2008

O cinema pensa


O caráter tem caráter modificador e político, quando ele é plenamente entendido.
Quando se percebe o que esta por trás do roteiro, do filme em si.
O que esta por trás do roteiro. A fotografia fala. A câmera diz.
O que a cena passa... O simbolismo por trás da intenção.
A carga simbólica diz a sobre a intenção do autor.
Percebe-se então os detalhes da historia. E de como ela está sendo contada.
A riqueza dos detalhes ali mostrados. Que sentimentos se exprimiu no processo de criação?
No cinema constroi-se a ficção a partir da realidade, a partir de uma perspectiva e uma expectativa pessoal.
A câmera é o indicador da subjetividade.
Um filme depende dos olhos e da intenção de quem os assiste. Podendo ser ora político, ora apolítico.
Pode ser entretenimento, mas se levado em conta a questão subjetiva, pode-se ter uma revolução de sentidos.
O cinema vê o mundo a partir das pessoas, de seus pensamentos.
O cinema pensa. Reflete e expõe suas mazelas. O lado negro da natureza humana.
O lado cru da vivencia. Do cotidiano. Em distorções estéticas, em ângulos de luz, no posicionamento da câmera, na intenção de mostrar ou não, sentido.
No cinema a câmera captura a alma do ator. Sua mais intima relação de interpretação, sua capacidade de fé cênica. Sua oratória plena, sua dramatização.
O cinema reflete os pensamentos vigentes na sociedade.
Ele subverte a ordem. Expõe a ficção e a retrata como belo.
Como algo que vem da realidade e se reproduz para que seja passada adiante.

Por Letícia Bathomarco

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